27 de ago. de 2010
Augusto Esteves
Aqui um fragmento da vida do *Augusto*, ou Sinhô como os irmãos e parentes próximos o chamavam, e Mané Coivara, como assinava suas poesias caipiras. Terceiro filho de Geraldina Gomes de Oliveira Esteves e de Domingos José Esteves Júnior, nasceu em 16 de outubro de 1891 na cidade de São José da Boa Vista no Paraná. O primeiro aniversário foi comemorado em Avaré, outrora chamada Rio Novo, cidade que dista 270 km da capital paulista; bem menino começou a desenhar, pintar, desenhar... Não parou!
Aos 13 anos, segue para São Paulo acompanhando o irmão Lindolpho que decidira ser Padre. Trabalhando como ajudante no comércio, estuda a noite e segue aprimorando–se no desenho e na pintura. Quatro anos depois, recebe a medalha de prata da Exposição do Centenário da Abertura dos Portos realizada no Rio de Janeiro. Motivado pelo prêmio, em troca dos serviços de limpeza do ateliê de Pedro Strina, pintor famoso por suas paisagens e retratos, recebia aulas de pintura do mestre.
Em 1912, conhece Vital Brazil no Instituto Butantan onde começa a trabalhar como desenhista, retratando com rara maestria as serpentes, e como ceroplasta, modelando em cera peças anatômicas que reproduziam efeitos e seqüelas dos envenenamentos decorrentes de picadas de cobras... Em 1919, segue para Niterói, Rio de Janeiro, acompanhando Vital Brazil na difícil missão de fundar o Instituto Vital Brazil.
Voltando um pouco no tempo: em Butantan conheceu Alvarina, segunda filha do cientista. E veio a paixão! E veio o casamento no dia 11 de novembro de 1920. E vieram as filhas: Maria, Lygia, Jacy, Gláucia, Flávia e Itaé.
Em 1934, retorna para São Paulo, indo trabalhar no Instituto Pinheiros e, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, junto ao Departamento de Dermatologia e Instituto Oscar Freire. Em 1965, organiza em São Paulo as comemorações do Centenário de nascimento de Vital Brazil. Em maio de 1980, foi inaugurado o Museu Augusto Esteves da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que apresenta várias reproduções em cera de lesões dermatológicas. Ilustrou vários livros e muitos tantos trabalhos científicos; produziu textos, poesias e poemas, conversou e educou. Ensinou a versejar. Cresceu levando adiante um imenso projeto de vida. Não parou...
A palavra INTELIGÊNCIA vem do latim *INTUS LEGERE*... LER DENTRO... Augusto, como poucos, um ser inteligente... É exemplo raro de que, como escreveu Mário de Andrade, *a ciência como a arte é essencialmente social!*
Pelas criações,
Pela fidelidade à ciência,
Ao Vital de Campanha a dedicação,
Pelos versos certeiros do Mané Coivara,
Pela leve serenidade de tuas mãos...
Pela assustadora justeza dos traços,
Pelos moldes revividos e desenhos expressivos,
Pelas cores transmitidas por teus olhos,
Pela afeição perene às filhas, netos,
Nessa sala,
Pequena amostra de tuas obras,
A gratidão.
Campanha, 30 de março de 2007.
Osvaldo Augusto Brazil Estaves Sant'Anna
Aos 13 anos, segue para São Paulo acompanhando o irmão Lindolpho que decidira ser Padre. Trabalhando como ajudante no comércio, estuda a noite e segue aprimorando–se no desenho e na pintura. Quatro anos depois, recebe a medalha de prata da Exposição do Centenário da Abertura dos Portos realizada no Rio de Janeiro. Motivado pelo prêmio, em troca dos serviços de limpeza do ateliê de Pedro Strina, pintor famoso por suas paisagens e retratos, recebia aulas de pintura do mestre.
Em 1912, conhece Vital Brazil no Instituto Butantan onde começa a trabalhar como desenhista, retratando com rara maestria as serpentes, e como ceroplasta, modelando em cera peças anatômicas que reproduziam efeitos e seqüelas dos envenenamentos decorrentes de picadas de cobras... Em 1919, segue para Niterói, Rio de Janeiro, acompanhando Vital Brazil na difícil missão de fundar o Instituto Vital Brazil.
Voltando um pouco no tempo: em Butantan conheceu Alvarina, segunda filha do cientista. E veio a paixão! E veio o casamento no dia 11 de novembro de 1920. E vieram as filhas: Maria, Lygia, Jacy, Gláucia, Flávia e Itaé.
Em 1934, retorna para São Paulo, indo trabalhar no Instituto Pinheiros e, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, junto ao Departamento de Dermatologia e Instituto Oscar Freire. Em 1965, organiza em São Paulo as comemorações do Centenário de nascimento de Vital Brazil. Em maio de 1980, foi inaugurado o Museu Augusto Esteves da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que apresenta várias reproduções em cera de lesões dermatológicas. Ilustrou vários livros e muitos tantos trabalhos científicos; produziu textos, poesias e poemas, conversou e educou. Ensinou a versejar. Cresceu levando adiante um imenso projeto de vida. Não parou...
A palavra INTELIGÊNCIA vem do latim *INTUS LEGERE*... LER DENTRO... Augusto, como poucos, um ser inteligente... É exemplo raro de que, como escreveu Mário de Andrade, *a ciência como a arte é essencialmente social!*
Pelas criações,
Pela fidelidade à ciência,
Ao Vital de Campanha a dedicação,
Pelos versos certeiros do Mané Coivara,
Pela leve serenidade de tuas mãos...
Pela assustadora justeza dos traços,
Pelos moldes revividos e desenhos expressivos,
Pelas cores transmitidas por teus olhos,
Pela afeição perene às filhas, netos,
Nessa sala,
Pequena amostra de tuas obras,
A gratidão.
Campanha, 30 de março de 2007.
Osvaldo Augusto Brazil Estaves Sant'Anna
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